Mensagem do Dia

domingo, 5 de dezembro de 2010

Porque Reencarnamos (MISSÃO, PROVA ou EXPIAÇÃO)


A NOSSA RESPONSABILIDADE:

"A Humanidade sempre se dividiu ante novas descobertas. Não seria diferente agora. É incoercível o avanço científico, sinalizando mudanças radicais sobre a vida humana. Decisivamente, estamos num mundo novo, onde se agigantam os conceitos de responsabilidade. Porém, palmilhando a estrada divina da Vida, em face dos fantásticos e promissores avanços da biogenética, cumpre a todos os homens balizarem seus atos pela infalível bússola, que todos temos, também por graça de Deus, que é a consciência. Para eventuais dúvidas, é simples a resposta para o reto proceder: basta perguntarem, a si mesmos, se gostariam de receber o que estão ofertando... Com humildade, devem os cientistas prosseguir no seu maravilhoso afã, jamais se esquecendo que estão apenas manuseando processos - no caso, do sublime objeto que é a Vida. Pois, tanto um óvulo quanto um espermatozóide, com todo o "microuniverso" de características, são criações de Deus, não dos homens. Apenas o seu encontro, em diversas situações, gerando vida, sim, é manuseio humano - e sem sofismas: desde o primeiro casal na face da Terra."

"(...) As reencarnações obedecem a mecanismos preciosos de justiça, estando a cargo de Entidades de elevada sabedoria. Valendo-se do registro individual de cada Espírito, tais Construtores da Vida organizam, com o máximo de cuidado e competência, o plano reencarnacionista de cada ser humano. Tal plano, privilegiando saúde, memória ou disponibilidade material, para cada etapa terrena, baseia-se, fundamentalmente, em duas vertentes: - merecimento individual e - passivo a resgatar perante as Leis Morais. Definido e aprovado o plano, nas esferas espirituais elevadas, retorna o ser à carne, no mais adequado ambiente social. Nesse contexto, encontraremos no mundo seres em missão, provação ou expiação. Como conjectura, imaginamos que destacadas personalidades mundiais, em todos os campos da atividade humana, são criaturas que assumiram determinado compromisso consigo mesmas e perante o Plano Maior. Podem estar enquadradas numa das três situações acima. Para levarem a bom termo suas tarefas, muitas delas são apetrechadas pelos Engenheiros Siderais com dispositivos genéticos que irão facilitar tal exercício. Tais dispositivos, em alguns casos, são como que um empréstimo, já que não fazem parte do seu patrimônio existencial, devendo ser empregado tão-somente para o fim a que destina, na situação previamente bem definida - antes da reencarnação. Encontramos, assim, nos palcos do mundo, sobre os quais se concentram os holofotes da fama, criaturas consideradas de outro planeta, tal o deslumbre que causam suas realizações."

"(...) Tais pessoas têm amparo de Seres Iluminados, mas, sem dúvida alguma, isto tanto pode decorrer de merecimento como se constituir em oportunidade provacional, ambas com vistas à sua evolução." (GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl)


O QUE É MISSÃO?

Missão é a incumbência, o encargo, a função ou o poder conferido a alguém para realizar algo. Na codificação espírita, existem referências às missões de diferentes categorias, a iniciar pela de Allan Kardec, e outras missões, como a dos Espíritos, a dos homens de bem, a dos espíritas, a dos pais, a dos encarnados, etc. (O EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO, de Allan Kardec)

Segundo Léon Denis, Emmanuel, André Luiz e outros Mentores Espirituais da Doutrina Espírita, este trabalho é planejado e executado a partir da erradicidade (Plano Espiritual) de modo permanente e contínuo, e sempre de acordo com o estágio evolutivo da Humanidade. Mas, sendo a Terra um planeta de provas e expiações, a maioria dos seres humanos que aqui reencarnam não vêm em missão, mas em prova ou expiação, isto é, para pagamento de débitos adquiridos aqui mesmo em vidas anteriores ou nesta mesma vida.


O QUE É PROVAÇÃO?

Provação é o ato ou efeito de provar. A provação geralmente é sofrida por alguém, a fim de determinar se já possui condições de vencer as vicissitudes e percalços da vida. Por exemplo: a provação da pobreza, da riqueza, da saúde, da inteligência, etc. Não é necessariamente uma expiação, mas apenas uma situação a ser vivida pelo indivíduo, para saber se já é capaz de resolvê-la a contento. (2)


O QUE É EXPIAÇÃO?

Ato ou efeito de expiar; castigo; penitência; cumprimento de pena. A expiação é o resultado do mau procedimento do indivíduo perante a Lei de Deus que está escrita na consciência de cada um. Funciona mais como uma corrigenda divina do que como castigo propriamente dito. O Espiritismo ensina que o culpado diante da consciência e de Deus pode expiar seus crimes na mesma existência em que cometeu o desatino ou em existência futura, quando terá chance de aproveitar melhor a lição que a vida lhe reserva. (...) O certo é que Deus é Pai e Criador e não quer a destruição do pecador, mas a sua recuperação e a sua educação para a plenitude do existir com Ele. Na Natureza não há castigos nem recompensas, mas conseqüências. (DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L.Palhano Jr)


O "DOGMA" DA REENCARNAÇÃO

"Dogma" de quase todas a religiões antigas, cada qual com a sua versão, a reencarnação vem a ser elevada à condição de Lei Universal pelo Espiritismo, como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das muitas vidas corpóreas sucessivas que um Espírito necessita para aprender e aperfeiçoar-se, tanto na Terra como em outros planetas habitados do Universo.

"Reencarnar é o fenômeno natural no qual um Espírito volta à vida corporal por um novo nascimento pela via uterina. Nascer de novo num novo corpo, desde à concepção. Um Espírito pode reencarnar quantas vezes necessitar para o seu aprendizado e evolução, sem perder sua individualidade, mudando apenas de personalidade, porque, a cada encarnação, ele sofre a influência do novo corpo, do novo ambiente físico e sócio-cultural, da nova família dos amigos, etc." (DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L. Palhano Jr)

No túmulo de Allan Kardec consta a inscrição: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, esta é a lei.


TEXTOS DOUTRINÁRIOS

Allan Kardec, em O CEU E O INFERNO, 1ª parte, cap. VII, Código Penal da Vida Futura, artigo 16°, nos alerta: "O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação". Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação."

E acrescenta, no artigo 17° "O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo." Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal. A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiveram queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito.

Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões são preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetuados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado".

NO LIVRO DOS ESPÍRITOS, Parte Quarta, Cap. II-Das Penas e Gosos Futuros, encontramos as questões seguintes:

L.E. 978 - A lembrança das faltas que a alma, quando imperfeita, tenha cometido, não lhe turba a felicidade, mesmo depois de se haver purificado?

- "Não, porque resgatou suas faltas e saiu vitoriosa das provas a que se submetera para esse fim".

L.E. 983 - Não experimenta sofrimentos materiais o Espírito que expia suas faltas em nova existência? Será então exato dizer-se que, depois da morte, só há para a alma sofrimentos morais?

- É bem verdade que, quando a alma está reencarnada, as tribulações da vida são-lhe um sofrimento; mas, só o corpo sofre materialmente. Falando de alguém que morreu, costumais dizer que deixou de sofrer. Nem sempre isto exprime a realidade. Como Espírito, está isento de dores físicas; porém, tais sejam as faltas que tenha cometido, pode estar sujeito a dores morais mais agudas e pode vir a ser ainda mais desgraçado em nova existência. O mau rico terá que pedir esmola e se verá a braços com todas as privações oriundas da miséria; o orgulhoso, com todas as humilhações; o que abusa de sua autoridade e trata com desprezo e dureza os seus subordinados se verá forçado a obedecer a um superior mais ríspido do que ele o foi. Todas as penas e tribulações da vida são expiação das faltas de outra existência, quando não a conseqüência das da vida atual. Logo que daqui houverdes saído, compreendê-lo-eis. (273, 393 e 399)". "O homem que se considera feliz na Terra,porque pode satisfazer às suas paixões, é o que menos esforços emprega para se melhorar. Muitas vezes começa a sua expiação já nessa mesma vida de efêmera felicidade, mas certamente expiará noutra existência tão material quanto aquela".

L.E. 984 - As vicissitudes da vida são sempre a punição das faltas atuais?

- "Não; já dissemos: são provas impostas por Deus, ou que vós mesmos escolhestes como Espíritos, antes de encarnardes, para a expiação das faltas cometidas em outra existência, porque jamais fica impune a infração das leis de Deus e, sobretudo, da lei de justiça. Se não for punida nesta existência, sê-lo-á necessariamente noutra. Eis por que um, que vos parece justo, muitas vezes sofre. É a punição do seu passado". (393).

Também no EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo V, itens 8 e 9, encontramos esclarecimentos para este assunto:

E.S.E. V, 8 - "As tribulações podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente. Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho. As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam. Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não o condena irrevogavelmente por uma primeira falta".

E.S.E. V, 9 - "Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação." "Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não Isa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta." "Tais são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus". "Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso".

Bibliografia:

1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, Questões citadas;
2. O EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, itens citados;
3. O CÉU E O INFERNO, de Allan Kardec, Edição FEB, itens citados;
4. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB;
5. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L. Palhano Jr., Edições CELD, 1997.

1 comentários:

  1. Maria Eliza diz:

    Só quero agradecer a colaboração,pois o texto me ajudou muito no preparo de meu evangelho.
    Maria Eliza