Centro Espírita Veleiro de Luz (Ribeirópolis/SE)
O egoísmo é, como o orgulho, um dos vícios e uma das chagas mais radicais da Humanidade, isto é, a de mais difícil erradicação, dele derivando todo o mal que aflige a sociedade.
O egoísmo se funda sobre a importância que cada um dá à sua personalidade.
O egoísmo se prende à influência da matéria, da qual o homem, muito próximo de sua origem, não pode se libertar e essa influência prejudica, enormemente, suas leis, sua organização social e sua educação.
O egoísmo é incompatível com a justiça, o amor e a caridade. Ele neutraliza todas as outras qualidades.
O egoísmo é um mal que recai sobre todo o mundo e do qual cada um é, mais ou menos, vítima.
O egoísmo para ser extirpado deve ser atacado em sua raiz e destruída sua causa. Somente será destruído ou atenuado na medida em que o homem for se esclarecendo sobre as coisas espirituais, quando der menos valor às coisas materiais, quando a vida moral predominar sobre a vida material. Isto se fará com a reforma das instituições humanas com reflexos em sua educação. Não a educação que faz homens instruídos, mas a que tende a fazer homens de bem.
O egoísmo se prende à inferioridade dos Espíritos encarnados na Terra e não à Humanidade em si mesma. Os Espíritos vão se depurando pelas encarnações sucessivas, perdendo o egoísmo como também outras impurezas do caráter. Não vemos na Terra seres desprovidos de egoísmo e praticando a caridade? São seres que já evoluíram. Se existem alguns, por que não existiriam cem, mil? Conhecemos muito pouco desses seres porque a virtude deles não os deixam se pôr em evidência. E, quando acontece, a mídia não explora, não dá IBOPE, como dizem.
O egoísmo, parece, longe de diminuir, aumenta com a civilização que o excita. Quando o mesmo estiver em níveis insuportáveis, virá a necessidade de extirpá-lo. É o que está começando a esboçar, ainda de maneira bastante fraca, nos organismos internacionais, com os desníveis clamorosamente apresentados entre países ricos do Ocidente e os pobres e miseráveis da África.
Quando os homens tiverem se despojado do egoísmo que os domina, eles viverão como irmãos, não se combatendo mais, procurando ajudar-se reciprocamente, com aplicação do sentimento de solidariedade mútua. E aí teremos uma nova humanidade, onde o forte será o apoio do fraco, não se constatando mais o homem sofrer necessidades físicas e sanitárias mínimas de sobrevivência porque, então, todos estarão praticando a Lei de Justiça.
É preciso combater o egoísmo como se combate uma doença epidêmica: ir à fonte. "Que se procure, pois, em todas as partes do organismo social, desde a família até os povos; desde a cabana até o palácio, todas as causas, todas as influências patentes ou ocultas, que excitam, entretêm e desenvolvem o sentimento do egoísmo. Uma vez conhecidas as causas, o remédio se mostrará por si mesmo. Não se tratará senão de as combater, senão todas de uma vez, pelo menos parcialmente e, pouco a pouco, o veneno será extirpado. A cura poderá ser demorada, porque as causas são numerosas, mas não é impossível"(2). E isto somente será possível pela educação, pois esta, se bem entendida, é a chave do progresso moral.
FONTE: (1) Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2) O Livro dos Espíritos
É o egoísmo é sentimento destruidor , temos que erradicar esse sentimento dos nossos corações.ótimo texto..